Se pensavam que nas férias não havia autores portugueses para ler, enganam-se… Aproveitei para ler o segundo livro da série Prisioneira do Tempo da Patrícia Madeira. Isto porque o ofereci à minha mãe nos anos, e aproveitei as férias lá para o poder ler!
A Prisioneira do Tempo: Atlântico, da Patrícia Madeira, é uma aventura no passado do nosso país que nos deixa com o bichinho da História. Desta vez, Manuela está no Douro quando faz a viagem no tempo. Curiosamente, quando viaja não muda de país, apenas de ano.
Antes disso, assistimos ao regressar a casa. O regresso é intenso, porque ela já não é a mesma, embora ainda casada com Henrique. É muito interessante, porque quem espera, espera pela mesma pessoa, já quem volta passou por uma transformação. Neste caso, foi mesmo o viver de um novo amor, intenso, forte, inesquecível…
Não esquecer que Francisco não morreu, embora ela pense que sim. Por isso será que vai pegar na casamento onde o deixou? Têm que ler, que daqui para a frente não conto mais nada 😆
Em relação ao primeiro livro, este tem menos factos históricos, no entanto continuamos a ver o grande trabalho de pesquisa da autora. Não falta nada da época, e (falo por mim) aprendi algumas coisas novas sobre a nossa História.
Atlântico foca mais na história das personagens, o que por vezes mexeu muito com o meu sistema nervoso.
Isto dos desencontros, fez-me gritar com o livro.
Adorei descobrir que uma das minhas teorias sobre onde a história vai parar, revelou-se verdade. Quando terminei o primeiro livro, disse à Patrícia que tinha uma desconfiança, ela não me disse que de facto ia acontecer, mas soube agora que estava nos planos. Estou muito curiosa para o terceiro, porque quero saber mais sobre esta parte da história.
Apesar do número de páginas, a leitura é rápida e fluída. O livro é contado a duas vozes e a dois tempos. Vamos sempre acompanhando o que acontece à Manuela e depois ao Francisco e vendo como vivem cada situação e o que sentem. Algo que fica cada vez mais forte quando se encontram.
Chorei muito neste livro. Tem cenas intensas e fortes que nos mexem connsco, confesso que mais que o primeiro.
Se ainda não conhecem a série, a leitura do primeiro livro é obrigatória. A Feira do Livro de Lisboa está quase aí, por isso já sabem o que meter na wishlist. 😁
Também podem encontrar os livros aqui:
Prisioneira do Tempo: Recife – Bertrand; Wook
Prisioneira do Tempo: Atlântico – Bertrand; Wook