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A Troca, Beth O’Leary

A Troca, foi o segundo livro que li da Beth O’Leary e depois deste quero ler a Viagem Atribulada.

Porque às vezes precisamos de leituras fofinhas, por isso viajamos até às comédias românticas. E ainda bem que isso acontece, porque precisava mesmo de ler A Troca.
Da Beth O’Leary gostei imenso do Apartamento Partilha-se, por isso tinha a certeza que ia gostar deste menino.
E não me enganei!
Uma leitura leve, fluída, carregada de momentos caricatos, mas que acaba por nos puxar para a reflexão… Aqui, apesar do tom divertido, somos confrontados com as relações abusivas e o abandono dos mais velhos. A história destes avós que se sentem sozinhos e sem qualquer atenção da família, pode ser a história de qualquer um de nós ou dos que nos rodeiam. Por isso achei tão interessante a forma em como ajudam a combater a solidão no livro, é algo ‘fazível’ em qualquer região.
O livro conta-nos a história de uma avó e uma neta que decidem trocar de vida. A neta precisa de descansar, por isso assume a casa da avó e as suas tarefas numa pequena vila, e a avó vai, finalmente, viver a sua grande aventura na grande cidade (isto porque casou nova e nunca concretizou o sonho de viver em Londres).
Confesso que apesar de comédia romântica, ainda me fez verter algumas lágrimas, sobretudo na forma em como vivem o luto. É que a nossa Leena perdeu a irmã e insiste em entupir os sentimentos, culpando a mãe por não ter lutado mais por Carla. Ela não se conforma que a irmã não tivesse tentado mais tratamentos e acha que a mãe teve culpa disso.
Já a avó Eileen tem um pensamento bem mais sofisticado que os seus 79 anos, cheguei a esquecer-me da sua idade ao longo da leitura. Até porque apesar da cautela nas palavras quando era ela a narrar a história, a forma como encara o sexo e os dilemas do dia a dia é muito interessante. Fez-me lembrar a minha avó Idalina, ela tinha uma mente muito à frente para o seu tempo. Aliás, ainda guardo religiosamente uma foto dela de mini saia rosa e botas de cano alto brancas! Vejo-a a fazer tudo o que a Eileen fez, inclusivé a ir viver para Lisboa no meu lugar.
Acho que foi por isso que gostei tanto deste livro, não só por causa da sua fácil leitura, mas também pela empatia com que criei com a Eileen, ela é extraordinária.

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