Foi a capa que me chamou a atenção, aquele longo vestido azul não me passou despercebido nas prateleiras da Bertrand.
Após semanas de namoros, aproveitei a segunda segunda-feira do mês e trouxe A Seleção de Kiera Cass para casa.
Já devia ter aprendido que quando sou radical a dizer que não gosto mesmo de algo, acabo a mudar de opinião com uma rapidez que nem eu me percebo. Este romance é mais um desses exemplos. Sempre disse que não gostava de romances e depois um ou outro aparecia na minha vida e pumbas devorava-os.
A Seleção é um conto de fadas dos tempos mais modernos que os atuais. Porquê? Perguntam vocês, uma vez que a capa fala de princesas e príncipes e desses já temos muito poucos. A verdade é que Íllea é o resultado de um pós terceira guerra mundial, o mundo quase foi destruído, a China finalmente apoderou-se da América, os países reordenaram-se, bem como os sistemas políticos. Por isso temos uma espécie de príncipes de tempos medievais que andam de avião. Confuso? Nem por isso, é apenas um novo mundo criado por esta autora de contos de fadas.
Outra particularidade deste novo sistema político, criado por Kiera Cass, são as castas. O povo é dividido por castas, só pode casar dentro da sua casta ou a baixo e cada casta só tem aquele leque de profissões disponíveis. O casamento por castas não é novidade na Índia e poderá ter sido a inspiração da autora.
América, a nossa heroína, pertence a uma casta de artistas, é irreverente e sem papas na língua. Uma menina muito própria na sua maneira de agir e de estar, que para fazer a vontade à mãe (mais para não a ouvir) se inscreve na Seleção (o concurso organizado pelo Palácio de forma a encontrar uma pretendente para o herdeiro da coroa).
Uma trilogia cheia de peripécias e romance que vai guiar-nos até à Selecionada. Posso garantir-vos que o livro está carregado de surpresas!
Se quiserem começar já hoje esta aventura pelo Palácio e pelo coração de Maxon podem encontrar o livro aqui.