Estava tão curiosa com este livro, que larguei a minha TBR para ler este menino. Bem sei que não se compra o livro pela capa, mas não consegui resistir aquele rosa fofinho com um título macabro “Como matar a sua família”.
Se lerem isto ao som da música Ironic da Alanis Morissette, têm a cereja no topo do bolo.
Como matar a tua família, é o melhor livro que se pode trazer para férias… Deu jeito para marcar posição (se alguém entendeu como ameaça a culpa não foi minha).
A premissa é interessante, alguém que está preso porque cometeu um crime… Mas não aquele que realmente cometeu. Por isso decide contar toda a verdade a um diário, com o objetivo de um dia dar a conhecer ao Mundo o que realmente aconteceu. Logo aqui temos a primeira ironia, é tão boa que foi uma das passagens escolhidas para a segunda orelha do livro. E de facto, os crimes levados a cabo por Grace são mais interessantes que este que a meteu na prisão.
Os primeiros capítulos cativam de imediato a atenção, mas depois acho que o livro vai perdendo algum do seu encanto. À semelhança do Tu, o narrador é o próprio assassino, o que mais uma vez nos faz ‘perder tempo’ com reflexões.
Apesar de toda a arrogância da personagem principal, confesso que para o final já torcia por ela e pela concretização da sua lista. (Acho delicioso que depois de tudo queira um cão)
No entanto, o plot twist era fácil de adivinhar, pelo que não fiquei surpreendida com a reviravolta na história, já estava à espera. Além de ter achado que essa parte ainda é mais extensa no monólogo, o que me voltou a retirar o ritmo de leitura.
O livro em si está bem escrito, a narrativa é coerente e a história engraçada (adoro toda a ironia que contém), no entanto a história apenas se deixa ler, não nos vai cativando de forma a prender-nos à leitura.
O Diário de uma Despenteada 