As Musas foi o primeiro livro que li do Alex Michaelides, apesar de ter A Paciente Silenciosa cá em casa para ler, aproveitei a boleia do The Killer Bookclub e comecei por este.
Começo por confessar que o Alex Michaelides já me conquistou enquanto leitora. As Musas foram uma leitura intensa, viciante e cativante. Este senhor sabe como manter um leitor ‘agarrado’ a um livro.
O facto de abordar a mitologia grega serviu para me deixar ainda mais encantada, uma vez que é um assunto que adoro e já há algum tempo que não apanhava um livro com referências tão fortes à temática. É isso que dá todo um ar misterioso à história, aquele manto intrigante, enigmático e ao mesmo tempo assustador. Claro que ter Cambridge como palco ajuda imenso a construir esse ambiente nublado e misterioso, ideal para tramas como esta. Aquele lado antigo da cidade, propício a grupos de estudo peculiares e sombrios como as musas.
Confesso que foi o primeiro livro que li do Alex Michaelides, só estou a ler agora a Paciente Silenciosa. Apesar deste livro fazer referência ao primeiro, não senti que perdesse algo na história.
A escrita do autor é leve, os capítulos são curtos, no entanto houve partes que senti que ‘choveu um pouco no molhado’. A dada altura perdemos algum tempo com coisas desnecessárias, fazendo com que o desenlace acabe por ser um pouco à pressa. Chega ali e simplesmente despeja informação.
Não quero dar spoiler, mas senti que uma relação ficou por explorar e que aquele final foi a correr. Acho que este livro merecia um final melhor, o enredo estava bom, a trama também, mas depois perdeu na forma em como atou as pontas soltas. Foi só pena isso, porque tudo o resto estava muito bom. Aliás se não estivesse, se calhar tinha conseguido ler por metas.
Teorias, sim foram algumas. Estive quase lá, confesso que tinha ali uma desconfiança de surpresa e estava certa.
Apesar do final que soube a pouco, gostei imenso do livro, por isso já estou a ler A Paciente Silenciosa.