10h e a família já está reunida no Aeroporto de Lisboa… Ok, o voo é às 12h50, mas a híper pontualidade familiar faz com que 10h05 já seja tarde para chegar ao aeroporto, por isso quando cheguei às 10h15, porque fui recusada por três UBERs e quis deixar a casa minimamente composta, já estava para lá do atrasada!
Não fosse a coisa correr maravilhosamente bem, o voo atrasou uma hora… Sim uma hora, explicação não houve… Algo pouco habitual a falta de explicação, mas achei que seria sensato ir refastelar-me de frango frito que ir discutir com o pobre coitado do comissário de terra que quase era engolido pelas pessoas em pânico com as ligações.
Bem empacotados no autocarro, num calor que não se podia, conseguimos ficar a contemplar o avião por uns bons (longos) dez minutos… Implorámos que nos abrissem a porta e prometemos que não saíamos do modo sardinha em lata, a troco de um pouco de ar fresco. Passado o tormento, entrámos no avião, fomos contados, recontados, e voltados a contar, uma tripulação (aparentemente) inquieta e descuidada com os procedimentos habituais olha para as mãos, para os cintos, chegando mesmo a pedir que uma pessoa se identificasse à cabine.
Todo o voo foi inquieto, duas horas de uma espécie de guerra fria, num avião que ao primeiro anuncio ia fazer escala em Beja, mas afinal não, e que ao chegar aos Açores não deixou um passageiro desembarcar…
… Afinal viajámos com um fugitivo que estava a monte há 16 anos…