Aviso à navegação: eu não sou o tipo de pessoa que vê series da moda, nem series de culto, e tenho perfeita noção de que os meus gostos são bastante vulgares neste campo.
P.S. E este é um artigo sem qualquer spoiler!
Após anos e anos a ver sempre as mesmas séries, decidi ir em busca de algo novo para ver. A última vez que me tinha aventurado com uma nova serie foi com a primeira temporada de American Crime Story adorei! Confesso que sou fã de séries que não me façam pensar… e quando gosto vejo e revejo e volto a ver – já perdi a conta à quantidade de vezes que vi o Friends.
Não sei se foi por ser uma fã de Grey’s Anatomy há anos, se por ter adorado os desempenhos do Matt Czuchry e Emily VanCamp em outras séries, ou até a junção dos dois, mas o que é certo é que estou fixada no The Resident.
A personagem arrogante, conturvesa e incrivelmente bem esculpida de Conrad e a crítica ao sistema de saúde americano fazem com esta não seja mais uma série de médicos em que uns andam simplesmente a dormir com os outros (eventualmente dormem, mas são pormenores), aqui o ‘mal’ comum é o sistema que é pintado como ‘estragado’ e os residentes dados como os ‘sonhadores’ tentam fazer todos os possíveis para dar a volta ao sistema.
Claro que não poderia faltar a história de amor central, o amor desencontrado entre as duas personagens principais, que como será óbvio vão demorar ainda algumas temporadas a entender-se e a história perfeita de amor entre Devon e Pryia, que conhecendo estas novelas se irão chatear pelo caminho.
Mas de todas as personagens tenho que tirar o chapéu à personagem de Mina, interpretada por Shaunette Renée Wilson, a cirurgiã brilhante sem qualquer mostra de emoção, à excepção de chateada. Está sem dúvida muito bem construída, uma pessoa extremamente humana por dentro, mas que por fora não mostra absolutamente nada. Aliás a personagem é-nos mesmo apresentada para ter uma aptidão zero nas relações e interações humanas. Simplesmente fantástico!