Já vos disse que o Jöel Dicker é o meu novo autor preferido? Se não disse – que tenho a certeza que sim – ele é um dos meus autores preferidos, quase a superar o Murakami (estilos completamente diferentes, mas igualmente surpreendentes e envoltos em mistério). O Livro dos Baltimore, apenas vem confirmar esta minha nova obsessão.
Com uma capa amarela e um pequeno selo a dizer ‘edição especial’, esta foi uma das minhas compras da 2ª segunda-feira de outubro na Bertrand Online. Demorei dois dias a ler este menino e confesso que acabei o livro em lágrimas. Ele Mesmo teve que se levantar do sofá para me ir buscar um pacote de lenços, eu não parava de chorar como se aquela fosse a minha história, a minha família…
O final está genial, ele pensou em tudo ao pormenor, até nas simbólicas folhas em branco. Para mim Jöel Dicker é sem dúvida um dos melhores escritores deste século. A sua narrativa é cativante e fácil de acompanhar, apesar das anacronias da história, aliás elas enriquecem-na muito.
O que mais gostei no livro (algo que tenho vindo a observar nas obras de Dicker) é a personificação do narrador – quase sempre escritor – que nos vai revelando um pouco de si e do seu processo literário. Assim, acabamos por não ter apenas uma história, mas duas – a principal que é a vida dos Baltimore e a secundária que é o próprio percurso interior de Marcus Golman.
Se gostaram do Marcus no “A Verdade sobre o Caso de Harry Quebert” então não vão querer perder a história da sua família, mas aviso já não vamos ter a mãe tão cómica como no outro livro (para mim é o único ponto menos bom, visto que ainda me rio quando penso no “Marcus diz a verdade à mãe, está um homem nú no teu quarto?”. O livro está à vossa espera no sítio do costume.