Perto de Casa, de Cara Hunter é o primeiro livro da série Inspector Fowley e o meu primeiro contacto com a autora.
Ainda na linha dos thrillers, comecei mais uma série de policiais. Se me dissessem há um anos atrás que andaria a devorar policiais como se não houvesse amanhã, eu diria que essa pessoa estava de facto maluca, hoje em dia é um atrás do outro.
Não comprei mais nenhum livro desta série, mas pareceu-me bastante interessante. Por isso os próximos três já estão na minha lista dos desejos da Bertrand. Sem se adiantar muito sobre a história de Fowley, Cara dá-nos pequenas pistas para começarmos a construir este enigmático e cauteloso inspector. Claro que todas as pistas não são reveladas e levam-nos a querer passar ao livro seguinte para perceber como Fowley e a esposa vão lidar com o trauma que se apoderou da vida deles – sim a série começa após um fatal incidente na vida do casal.
O livro aborda o desaparecimento de uma criança perto de casa. Alguém levou Daisy, o tempo passa e a quase inexistência de pistas deixa os detetives do caso completamente desnorteados. Uma luta contra o tempo que faz de todos suspeitos. Entre o narcisismo da mãe, o adultério do pai e o meio-irmão que finalmente aparece na vida da criança, a lista de suspeitos é interminável. Até a possibilidade de ter ingressado numa rede de pedofilia é colocada em cima da mesa (ainda que, a meu ver, a ligação de leva a esta pista é colocada a ferros). Confesso que o final é surpreendente, sem percebermos a história dá uma reviravolta e cai-nos tudo (a minha mãe não ia gostar nada deste livro). De facto esse para mim é o principal ponto positivo do livro, o desenlace.
Perto de Casa, embora ficcional, acaba por abordar uma temática que tanto nos é familiar, a cada dois minutos há uma criança que desaparece na Europa. Um leitura fácil de seguir, cativante e misteriosa, óptima companhia para ficar em casa nesta época de Pandemia.
Aproveitem o dia de hoje para começar já esta série.