Há quase 15 dias (nem acredito que ando tão atrasada) entrei num desafio chamado #lovebetweenthebookschallenge. A primeira etapa pedia a uma pessoa que escolhesse por nós um romance para começar a ler nessa semana, a mim calhou a Viagem sem Regresso, de Katy Gardner.
Sabendo que romances não são o meu estilo de leitura preferido (ignorem A seleção e as weekly brides são as excepções que fogem à regra), a Daily Pipa escolheu este livro por isso mesmo. Porquê? Porque segundo ela tinha mistério pelo meio e esse é o meu nome do meio.
Já tem uns anos, tantos que dei por mim a pensar, mas esta gente não tem um telemóvel para ligar para casa?
Se fosse fácil, não era um mistério, se não houvesse dificuldade em comunicar, metade da ação não tinha feito sentido e se eu já não estivesse à espera o final tinha surpreendido.
A narrativa é leve, o livro é muito fácil de ler e vai cativando pelo mistério. Nunca revela tudo. No entanto, acho que perdemos demasiado tempo nos pensamentos das personagens, sobretudo no egocentrismo da personagem principal.
Os avanços no tempo não são claros e no final, a ação decorre muito depressa. De um momento para o outro voltamos ao tempo presente, há uma viagem e pronto.
A nossa mente explode nas últimas páginas, não pela reviravolta (essa esperava eu), mas pelo desfecho em si. Um pouco surrealista, de tão estranho torna-se interessante.
Ainda assim de zero a cinco, é um sólido quatro. Está tudo lá, o ambiente de uma viagem à Índia, a cultura, as tradições, a impaciência adolescente, o mito do amigas para sempre. A recusa em perceber as mudanças do outro, o egoísmo característico da idade, as consequências que isso pode trazer.
Uma leitura rápida, mas difícil de encontrar, uma vez que já só encontram o livro em segunda mão.