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O Monte dos Vendavais, Emily Brontë

O meu primeiro clássico inglês… Quer dizer desde que me lembro, porque se tive Língua e Literatura Inglesa na Universidade devo certamente ter lido algo, simplesmente não me recordo.

O Monte dos Vendavais veio como o primeiro livro do Under the Pages Book Club e foi uma montanha russa de reações.

Quando a Under the Pages abriu a votação para o livro que iríamos ler em fevereiro confesso que votei neste por causa da série Friends. Sim, é verdade, uma série de comédia fez-me tomar esta decisão. Enquanto muitas meninas votaram nele, porque o After faz referências a este livro, eu fui pelo mítico momento em que a Rachel rouba a resposta da Pheobe durante a aula de literatura inglesa. Nunca mais me esqueci da frase “As montanhas representam o feitio fechado do Heathcliff”, por isso na primeira oportunidade aí fui eu.

Ao início adorei o livro, o começo de tudo, a curiosidade do inquilino em tentar perceber a nuvem negra que pairava pelo Monte dos Vendavais. Fui descortinando os laços familiares sem problemas, embora os nomes semelhantes de algumas personagens não facilitasse a leitura. Mas, de repente tudo mudou, a crueldade de Heathcliff aumentou, começando a mexer comigo.

Mexeu tanto comigo aquela parte do livro, aquele buraco negro para onde todos eram arrastados, onde só se falava de vingança e tudo se encaixava nesse mote, que uma noite tive pesadelos com o livro. Eu não conhecia de todo a história, nunca vi nenhum dos filmes, a única referência que tinha era mesmo a da série e o conhecimento do que era um clássico. Por isso imaginam o choque, pior tinha-me farto de dizer bem do livro nas minhas redes e agora estava a um passo de mandá-lo pela janela.

Felizmente o sol abriu e comecei a ver além da maldade, a compreender aquela raiva (mesmo achando que a maldade era demais), a compreender as personagens. No final, gostei bastante do livro, mas percebi a minha dificuldade, infelizmente não criei empatia com quase nenhuma das personagens… Apenas com a Governanta que é que narra a história, o seu jeito doce com que nos transporta para os momentos e para as recordações fez com que ficasse fã. Nem com Cathy consegui simpatizar, não me perguntem porquê, mas não consegui. Poucas vezes me aconteceu isso num livro.

Aliás, poucos foram os livros que passei de amar, a odiar e a voltar a amar. Por isso posso dizer que esta foi uma leitura que me marcou pela inconstância nos sentimentos, pelos ventos e pela forma como está escrito.

Um dia, depois de recuperar desta montanha russa, leio a versão em inglês. Hoje deixo-vos apenas o link para a versão portuguesa, para quem ainda não leu. Quem já leu, contem-me tudo! Também foi este misto de emoções a vossa experiência?

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