O vosso browser não ativou o tradutor automático, este título de livro está mesmo em espanhol!
No seu título original A Good Girls Guide to Murder, eu não tinha grande opção ou lia a versão inglesa ou outro idioma que não português, uma vez que esta série da Holly Jackson não foi traduzida para português.
Há falta de livro traduzido a escolha recaiu no espanhol, pensam vocês porque seria mais fácil para mim (por causa das semelhanças do idioma), mas não é essa a principal razão. Como sabem ler um livro ajuda-nos a ganhar vocabulário, a ficarmos mais ricos gramaticalmente e a melhorar a nossa escrita. Visto que o meu espanhol precisa disso tudo e eu preciso do espanhol para ler fui atrás do ebook!
Confesso que devia ter feito melhor o trabalho de casa, uma vez que esta autora já tem três livros da série publicados e o segundo livro em espanhol só sai daqui a um mês. Agora cá estou eu a ressacar as aventuras de Pip… Se podia ler em inglês, podia, mas gostava de continuar a ‘investir’ no meu espanhol.
A aventura com o Asesinato para principiantes foi muito curiosa, porque como as personagens ‘hablavam castellano’ custou um pouco imaginá-las em Inglaterra. Mas desafios linguísticos à parte, foi uma leitura muito prazerosa. De imediato ganhamos empatia com a personagem principal. Uma jovem estudante do secundário que para conseguir uma melhor nota na escola decide investigar um antigo crime na sua Terra Natal.
Pip é uma rapariga inclusiva, que tem o seu próprio melting pot em casa. Pip recusa-se a chamar o padrasto de padrasto, bem como se referir ao meio irmão, como meio irmão. Para ela o padrasto é pai e o irmão é irmão, não quer saber que não seja, foi com eles que cresceu, eles são quem faz parte da sua família e odeia que as pessoas a rotulem por ela. Esta maneira de estar de Pip consegue fazer com que este seja um livro com um poderoso discurso sobre a tolerância, inclusão e preconceito.
Foi o primeiro thriller que me fez chorar, não pelo assassínio ou torturas, mas por esta mensagem. A personagem principal ensina, a cima de tudo, que não devemos julgar o próximo sem primeiro calçar os seus sapatos, que os rótulos são os primeiros índices de preconceito e que se formos empáticos com o próximo só temos a ganhar.
A integridade e forma de viver da personagem principal cativou-me, bem como todo o seu projecto para provar a inocência de Sal, o jovem acusado há 5 anos pelo homicídio / desaparecimento da sua namorada.
Uma narrativa cativante, que nos surpreende até ao último momento. Holly consegue manter o leitor agarrado até ao último momento, porque as personagens são empáticas e nós queremos saber o desenlace de cada uma delas.
Curisos?
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