Candace Bushnell é a nova iorquina cuja coluna sobre sexo serviu de inspiração para a mítica série dos anos 90, O Sexo e a Cidade.
Os Diários de Carrie vieram depois do fenómeno da série e dos livros, e contam a vida da conhecida personagem antes de chegar a Nova Iorque.
Carrie, agora adolescente, vive numa pequena cidade americana e encontra-se no último ano do secundário. As suas preocupações são as de qualquer jovem normal na sua idade: a entrada para a universidade, os rapazes e a primeira relação sexual.
Neste livro vimos Bradshaw no seu primeiro grande drama amoroso, onde pela primeira vez perde a sua identidade por um homem e tem uma relação obsessiva. Para ela ficar com Sebastien Kydd é uma questão de vida ou morte, sem ele não respira, não vive, não nada. Pelo meio há outro rapaz lindo e maravilhoso que a compreende apoia e puxa por ela. No entanto Carrie não consegue gostar dele da mesma forma. Faz lembrar-vos alguma coisa? Parece que o Mr. Big da adolescência de Carrie foi Sebastian Kydd e o Aiden foi o George. Mais uma vez o que é confortável e bom fica de fora, para se entregar a uma relação pouco saudável. Ao mesmo assim já sabemos o que a ‘traumatizou’ para a vida.
Como seria de esperar Carrie deita a sua relação a perder com George, porque está convencida que ama Sebastien. Este acaba por trair o seu amor com uma das suas melhores amigas. Para mim foi a pior traição de sempre que li num livro, uma vez que além de humilhada e traída ainda é acusada de ser culpa dela! Não há ressentimentos, desculpas, nada, apenas uma lição de ‘estudasses’.
Eu já tinha visto a série, que foi cancelada, confesso que me recordei de muitas passagens de lá ao ler o livro. No entanto, esperava mais. A sinopse anuncia uma história que só se desenvolve a partir de meio do livro, a tradução para português dá um nome horrível a uma das suas amigas, Mouse foi traduzido à letra para a Rata. Não sendo algo ofensivo, é estranho. O pai e as irmãs que Carrie tem no livro, não me lembro de alguma vez serem mencionadas na série original, que revi recentemente (por isso ainda está fresco na memória).
O espetacular desta leitura foi ter lido ao mesmo tempo que a Daily Pipa e assim termos trocado notas uma com a outra, aliás vamos fazê-lo também com o livro número dois da coleção. Espero sinceramente que a história melhore, uma vez que até gostei da escrita fluida da autora, lê-se bem e com ritmo. Utiliza vocabulário simples e acessível e tem o número certo de diálogos de forma a que não se torne massador.
Por aí alguém já leu?