Numa das minhas excussões virtuais à Wook encontrei este menino. Parecei-me a companhia ideal, tendo em conta que adoro histórias de crimes reais foi encomenda na hora.
Virginia López é jornalista e trabalhou muitos anos em Portugal como correspondente. Na sua biografia admite que nunca pensou escrever livros sobre assassinos em série, mas que se sentiu encorajada pelo marido a contar o seu ponto de vista dos factos.
Das 11 histórias presentes no livro conhecia apenas duas. Curiosamente não conhecia o Cabo Costa (o único português aqui presente). Na maior parte das histórias somos presenteados pelo contexto familiar dos assassinos, o que permite perceber que vêm de famílias desestruturadas, que lhes criaram vários traumas ao longo da vida.
Apesar das infâncias trágicas encontramos vários estilos de assassinos, um deles já está em liberdade e é youtuber. Ninguém entende bem como, mas deixou de matar e de ter vontade para o fazer, ele que matou mais de 100 pessoas. Agora tem um canal de youtube onde dá palestras para ajudar os jovens a não irem por ‘maus caminhos’.
A história que mais me chocou, teve a Ucrânia e a Rússia como palco. Não foram os crimes em si, mas aquilo que os soldados russos faziam aos ucranianos para que estes não se revoltassem contra a ditadura comunista é simplesmente horrível.
Nos onze casos, há apenas uma mulher, não é comum as mulheres matarem em série, os seus crimes tendem a ser mais passionais e menos ‘sujos’. De resto encontramos de tudo: aqueles que se julgam vingadores, os que se tornam canibais, os que mutilam, os que violam e os que profanam cadáveres… Aqui temos 11 homicídios num único livro, sabendo sempre quem foi o assassino, como foi apanhados e quais os seus principais crimes (digo principais porque alguns se forem a contar todos davam uma enciclopédia).
Se quiserem ir direitos ao livro, sem passar por tentações, podem encontrá-lo aqui.
O Diário de uma Despenteada 