Ontem foi dia de cinema, algo muito pouco comum por estas bandas… Não porque não goste de ir ao cinema, mas porque tenho o dom (sim chamemos-lhe dom) de adormecer em todo o lado, por isso custa um bocado pagar €7 para ir roncar na sala de cinema mais próxima. Mas posso deixar aqui a sugestão à NOS que os braços das cadeiras são pouco práticos para colar ao namorado! (Sim, sim já passo ao comentário sobre o filme).
Amante de filmes/ livros baseados em factos reais lá arrastei Ele Mesmo para o cinema, não porque ele não estivesse interessado em ver o filme, mas porque ele próprio tinha sérias dúvidas sobre quanto tempo demoraria eu a adormecer! (Típico)
Considero que foi um bom filme, porque primeiro eu não adormeci e segundo sou fã tanto do trabalho do Javier Bardem como da Penélope Cruz (o papel que desempenhou em Vicky Cristina Barcelona conquistou-me).
A cena inicial do cavalo remeteu-me logo para o filme do Padrinho, claro que numa perspectiva e numa máfia completamente diferente, pois enquanto uns distribuíam peixes, outros eram mais diretos com os caixões! E como algures no filme ela diz “A Máfia Italiana tem regras diferentes porque o dinheiro fica nos EUA, já o dinheiro da droga não, esse volta à Colômbia”.
A personagem de Escobar está muito bem conseguida, Javier Bardem fez de facto um estudo maravilhoso sobre os hábitos, olhares, vícios, do próprio, a própria caracterização está muito semelhante… Uma caracterização perfeita de um país cujo tráfico de droga e a pobreza se juntam lado a lado num cocktail fatal.
Juntos pela quarta vez enquanto casal num filme, Penelope e Javier arrasaram, dando toda a glória a esta atração fatal! Quanto a mim vou ali procurar o livro e já volto, porque depois disto quero conhecer mais sobre a história escrita pela própria Valleria, a jornalista ambiciosa e espampanante que ousou amar Pablo.
Uma opinião sobre “Amar o filme, odiar ser à noite”